OUÇA

O som perfeito, é isso que todo mundo procura. 

Já faz um tempinho que trabalho com áudio profissional e percebo que as dúvidas não mudaram e as atitudes também não. Os novos aventureiros do ramo, ainda hoje, com toda a informação que temos, procuram fórmulas mágicas e presets salvadores de almas. Sempre ouço perguntas do tipo “como equalizo um violão”, “que frequência eu corto na guitarra”, “onde dou um boost no baixo”. Minha resposta é sempre a mesma: NÃO SEI.

Devem me achar um incompetente. Há tanto tempo fazendo isso e essa é melhor resposta que eu consigo dar? Bom, talvez... então vou dar uma resposta melhor!!! OUÇA.

Isso mesmo, é muito simples, basta ouvir. O que estiver ruim você tira ou atenua até ficar bom, o que estiver faltando você acentua até ficar bom. Ficou bem mais fácil agora, não é?

Isso que eu coloquei acima é o princípio básico de uma equalização. Quando trabalhamos com um grupo de instrumentos devemos levar em conta também a influência que um causa no outro. Às vezes corto frequências graves de um violão porque não quero que ele embole e atrapalhe o baixo, por exemplo. Às vezes atenuo um pouco das médias de uma guitarra pra abrir espaço pra voz.  São muitas as possibilidades. Começou a ficar complicado? Então repito: OUÇA.  Seja coerente, seja respeitoso e faça com carinho. O resultado é subjetivo mas a sua satisfação não.

Pra terminar, não são só os equalizadores que definirão o seu som. Um conjunto de fatores será responsável por isso, desde a captação até a finalização do áudio (edições, mixagem, masterização).

Em uma próxima postagem irei mais a fundo nos equalizadores, mas até lá, OUÇA!!!

Algumas Condições

 

Foi ontem... o compositor e cantor, nem tão cantor assim, Guilherme Arantes comemorou o lançamento do seu 22º álbum na carreira, “Condição Humana”. O lançamento foi exclusivo por sua gravadora, a Coaxo de Sapo e em primeira mão pela Internet. O álbum pode ser ouvido na íntegra pela página oficial do músico no Soundcloud, junto de toda a discografia.

Em seu site, Guilherme Arantes avalia a sonoridade proposta: "O som do Guilherme, com a sonoridade única da virada dos 70 para os 80, está de volta. Desta vez foi mandatório não fazer nenhuma concessão e não ficar ouvindo abobrinha de nenhum produtor que tenha caído 'de paraquedas' no meu trabalho..."

Uma forma interessante de ver o trabalho de um produtor. Usando as palavras de Guilherme, é a busca por um disco “seminal, no mínimo”.

Interessante ser “seminal” depois de 22 álbuns. O negócio mesmo é ouvir e tentar chegar a alguma conclusão.

Quanto tempo...

Quanto tempo longe...

Muita coisa aconteceu e me mantive distante mesmo, mas hoje resolvi matar a saudade e ler meu último post. Ainda bem, descobri que de longe ERREI.

U2 fez show no Brasil, Roger Waters, Eric Clapton, Jeff Beck, John Fogerty, Paul McCartney... McCartney? Esse brincou. Foram shows no Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Recife... e de quebra ainda veio nosso querido Ringão, que com uma ajudinha de seus amigos deu uma bela passeada por aqui.

Aconteceu também o Rock In Rio, com Stevie Wonder salvando o festival que o Guns n' Roses tentou derrubar... Enfim, certamente esqueci de alguém, mas não estamos podendo reclamar.

Agora é esperar por outros porque todos nós somos "fominhas" por isso. Mas desta vez estarei mais próximo, postando, comentando e reclamando... até!!!