A convivência profissional dentro de uma banda quase sempre é algo difícil. Os egos envolvidos, o amadurecimento individual, mudanças de vida e diversos outros fatores levam ao desgaste de seus integrantes, e consequentemente, ao fim desse sonho. Mas o público não quer saber disso, o público quer ver e ouvir seus ídolos juntos.
No decorrer de anos tem sido assim. Muitas bandas e parcerias não se suportaram, muitas delas foram além de seus limites. E quando o fim é (ou pelo menos parece) inevitável? Foi assim com uma das bandas mais populares de todos os tempos, o Queen. Com a morte prematura de Freddie Mercury tudo parecia acabado, afinal, a dificuldade não era apenas substituir o cantor, mas também a personalidade Freddie Mercury... mas o que parecia certo não se concretizou. Mesmo com a morte de seu vocalista e a posterior aposentadoria do baixista John Deacon, o Queen de Brian May (guitarra) e Roger Taylor (bateria) seguiu forte, fazendo shows, participando de eventos beneficentes e lançando inclusive o álbum de inéditas Made in Heaven, em 1995.
Ainda assim, havia a necessidade de alguém no posto de Mercury e isso fez o Queen recorrer à ajuda de Paul Rodgers (Bad Company e Free). Há alguns anos essa parceria já vinha mostrando valor, tendo inclusive promovido uma turnê em 2005, seguida do CD e do DVD ao vivo Return of Champions.
Quem achava que a parceria acabaria por aí, se enganou. Em recente entrevista a Billboard, Paul Rodgers disse o que todos queriam ouvir: temos um novo álbum a caminho. Segundo Rodgers, o trio já está em processo avançado de gravação, tendo já nove músicas registradas. A previsão de lançamento seria para o ano de 2008.
Com certeza surgirão aqueles puristas criticando a reunião e gritando para todos que “isso não é Queen”... e eu até concordo. Realmente não é o Queen que todos nós queríamos, mas é bom que fique claro que quem morreu foi Freddie Mercury – seria desperdício enterrarmos Brian May e Roger Taylor juntos.
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