Já começo dizendo que eu sempre fui (e continuarei sendo) contra o uso abusivo do MP3, formato que se popularizou entre os populares apreciadores de música.
Claro que antes de começar a bater, eu reconheço que o formato pode ser muito útil quando pretende-se comunicar algo via áudio, inclusive música. Como exemplo, posso citar um trabalho de mixagem, onde tempo é dinheiro (e onde a pressa é a grande inimiga). Às vezes é preciso enviar arquivos/músicas via e-mail para qualquer tipo de aprovação, e é nessa hora que o formato se torna o salvador da pátria.
Agora vamos às desvantagens... O que é o MP3??? Simplificando, o MP3 é um formato de áudio comprimido, onde são cortadas o que chamamos de freqüências mascaradas (freqüências que teoricamente não são ouvidas pelo ouvido humano). Acontece que na prática a coisa não é tão bonitinha assim. Como se explica uma música com média de 3 minutos, que no formato WAV representa um arquivo do tamanho 30 MB, se transformar em um MP3 de 3 MB?
Eu explico: TEM MUITO MAIS COISA CORTADA AÍ!!!
O ouvido humano não tem uma percepção linear. As freqüências que mais nos chamam atenção são as médias freqüências, principalmente em torno de 3000 HZ. Nessas freqüências estão localizados os toques de celulares, as sirenes dos alarmes, rádios e o... MP3.
A compressão que acontece dentro do áudio atua cortando sub-graves, graves e agudos, deixando na cara todas aquelas freqüências médias (média grave e média aguda).
Vamos então agora entender em que momento isso atinge o amigo técnico. Com a alta rotatividade do MP3, as pessoas pararam de comprar CDs e passaram a baixar suas músicas preferidas para ouvi-las em um player qualquer de MP3... entre essas pessoas, muitos músicos com “OUVIDOS VICIADOS” que saem de um estúdio com sua música masterizada e não entendem porque sua música toca “mais baixo” do que aquela gravação “profissional” que há no MP3 dele. O que acontece é fácil de explicar: a REAL gravação profissional tem suas freqüências distribuídas entre várias bandas (sub-grave, grave, médios e agudo). Considerando que partes dessas bandas de freqüências sonoras não atuam da mesma forma aos nossos ouvidos, o que concluímos é que a nossa percepção auditiva não representa um volume real (RMS). Mesmo que normalizemos músicas dentro de padrões estabelecidos em DBs, a equalização vai mudar a compreensão do que ouvimos. Procurem ouvir as mesmas músicas que vocês curtem extraindo-as de um CD original e percebam a diferença.
Com softwares específicos de áudio é possível usar uma ferramenta chamada ANALISADOR DE ESPECTRO, onde tudo isso fica bem claro. Nela vemos que esses arquivos MP3 que circulam por aí não passam de músicas sem grave e sem agudo, que se aproveitam dos médios pra tentar nos seduzir.
Eu, particularmente, me recuso a usar o MP3 além do mínimo necessário para minha sobrevivência. Não possuo MP3 player portátil, não possuo CD MP3 no meu carro (e caso um dia venha ter, ainda tocarei meus tradicionais CDs em WAV/CDA) e não ouço rádio FM. Desta forma, considero meus ouvidos ainda limpos desse vício. Minha intenção não é pregar contra o formato, e sim pedir que o use com moderação, de preferência, acima do comum 128 kbps.
Para encerrar, eu deixo aqui a seguinte pergunta no ar: de que adianta a melhor captação sonora, equalizações diversas e todo aquele trabalho dos infernos dentro dos estúdios de gravação se no final tudo se converterá em MÉDIOS???
P.S.: E o pior é que tem muita gente que diz: “AAHH, É A MESMA COISA.”
Claro que antes de começar a bater, eu reconheço que o formato pode ser muito útil quando pretende-se comunicar algo via áudio, inclusive música. Como exemplo, posso citar um trabalho de mixagem, onde tempo é dinheiro (e onde a pressa é a grande inimiga). Às vezes é preciso enviar arquivos/músicas via e-mail para qualquer tipo de aprovação, e é nessa hora que o formato se torna o salvador da pátria.
Agora vamos às desvantagens... O que é o MP3??? Simplificando, o MP3 é um formato de áudio comprimido, onde são cortadas o que chamamos de freqüências mascaradas (freqüências que teoricamente não são ouvidas pelo ouvido humano). Acontece que na prática a coisa não é tão bonitinha assim. Como se explica uma música com média de 3 minutos, que no formato WAV representa um arquivo do tamanho 30 MB, se transformar em um MP3 de 3 MB?
Eu explico: TEM MUITO MAIS COISA CORTADA AÍ!!!
O ouvido humano não tem uma percepção linear. As freqüências que mais nos chamam atenção são as médias freqüências, principalmente em torno de 3000 HZ. Nessas freqüências estão localizados os toques de celulares, as sirenes dos alarmes, rádios e o... MP3.
A compressão que acontece dentro do áudio atua cortando sub-graves, graves e agudos, deixando na cara todas aquelas freqüências médias (média grave e média aguda).
Vamos então agora entender em que momento isso atinge o amigo técnico. Com a alta rotatividade do MP3, as pessoas pararam de comprar CDs e passaram a baixar suas músicas preferidas para ouvi-las em um player qualquer de MP3... entre essas pessoas, muitos músicos com “OUVIDOS VICIADOS” que saem de um estúdio com sua música masterizada e não entendem porque sua música toca “mais baixo” do que aquela gravação “profissional” que há no MP3 dele. O que acontece é fácil de explicar: a REAL gravação profissional tem suas freqüências distribuídas entre várias bandas (sub-grave, grave, médios e agudo). Considerando que partes dessas bandas de freqüências sonoras não atuam da mesma forma aos nossos ouvidos, o que concluímos é que a nossa percepção auditiva não representa um volume real (RMS). Mesmo que normalizemos músicas dentro de padrões estabelecidos em DBs, a equalização vai mudar a compreensão do que ouvimos. Procurem ouvir as mesmas músicas que vocês curtem extraindo-as de um CD original e percebam a diferença.
Com softwares específicos de áudio é possível usar uma ferramenta chamada ANALISADOR DE ESPECTRO, onde tudo isso fica bem claro. Nela vemos que esses arquivos MP3 que circulam por aí não passam de músicas sem grave e sem agudo, que se aproveitam dos médios pra tentar nos seduzir.
Eu, particularmente, me recuso a usar o MP3 além do mínimo necessário para minha sobrevivência. Não possuo MP3 player portátil, não possuo CD MP3 no meu carro (e caso um dia venha ter, ainda tocarei meus tradicionais CDs em WAV/CDA) e não ouço rádio FM. Desta forma, considero meus ouvidos ainda limpos desse vício. Minha intenção não é pregar contra o formato, e sim pedir que o use com moderação, de preferência, acima do comum 128 kbps.
Para encerrar, eu deixo aqui a seguinte pergunta no ar: de que adianta a melhor captação sonora, equalizações diversas e todo aquele trabalho dos infernos dentro dos estúdios de gravação se no final tudo se converterá em MÉDIOS???
P.S.: E o pior é que tem muita gente que diz: “AAHH, É A MESMA COISA.”
5 comentários
"AAHH, É A MESMA COISA"
HAHAHAHAHAHA!
ABS
BALLARD
Qta explicação técnica! Mas, valeu pelas informações. Realmente, a qualidade não é a mesma, mas o preço é bem mais em conta, concorda?
Abç e bom fds!
Não concordo não...
Não acho que valha à pena meus ouvidos "pagarem" esse preço, hehehe
continua sem ir no meu blog... oq houve?
bjs
desde que começamos a trocar mp3, aos poucos, sem perceber, minamos o que tínhamos de mais valor na música, que era a valorização da obra.
Antes, tínhamos de juntar dinheiro durante 1 mês inteiro, pra comprar aquele disco do Allman Brothers, ou do The Smiths. Ainda mais se o disco fosse importado.
Pois é, acabamos com esa dificuldade, mas a que preço????
Sabemos que o artista hoje não arrecada muitona venda de disco, então, não adanta ter pena do artista, pois se A gravação inteira, (desde a préprodução-demos , até a post-produção-masterização) custa hoje em torno de R$ 5.000,00. A banda ainda tem que pagar a prensagem, que sai em torno de R$3.900,00 mil cópias, e então a gravadora coloca nas lojas por R$39,00 cada uma dessas mil cópias, então, quanto a gravadora ganha?
Agora.... Isso não é repassado ao artista, ele fica com a dívida que assumiu da gravadora para financiar a gravação e prensagem do cd, e de onde ele tira esse dinheiro? de shows, quew a gravadora comprou cada um provavelmente por uns R$ 7.000,00 e vendeu para a casa de show por R$20.000,00
por isso bandas de grandes gravadoras devem fazer muitos sows, por que logo de cara, eles começam devendo à gravadora, sim, começam pagando para trabalhar, e ainda dizem que músico é vagabundo.... pra esses eu respondo, quando você estiver num lugar que eu for tocar, eu direi à você, sem minha música você provavelmente não estaria se divertindo tanto, ou, o que você está cantando é o que?
música?
ou... fórmulas matemáticas?
só por que te diverte, e se diverte quem está fazendo que deixa de ser um trabalho, seu frustrado.
Aonde quero chegar é:
essa maldita net tá mais rápida certo? e vai ficar cada vez mais ok???
agora parem de ser muquiranas, ripando mp3 de qualidade de papel higiênico usado
(128 kbps)
PORRA ouve a merda da diferença, entre, mp3 128, mp3 320 e um wave original CARALEEEEEEOOOOOO.
deixem de ser orelha suja... não é possível, que uma banda gaste R$7,000,00 para o trabalho ficar com uma qualiadade foda, pra alguém que se diz fã, chegar e simplesmente deixar o som com cara de fita cassette amassada e mofada....
esse fã de cú é pokemon, ah vá chupar um canavial de rola porra...
Outro agravante!!!
o sujeito de merda tem um monte de coisa, mas não conhece a história de nada do que ele baixou, é mole uma merda dessa????
a um tempo atrás gostar de música não era colocar no iPod e sair ouvindo, mas sim conhecer a história da banda...
Mulecada inútil.