"A guitarra é a única coisa da minha vida que não ferrou comigo."
Dave Mustaine

sexta-feira, 6 de julho de 2007

50 anos de parceria - para Lennon e McCartney

Parece que foi ontem... mas já fazem 50 anos que os jovens John Winston Lennon e James Paul McCartney se conheceram. Naquela tarde do dia 06 de julho de 1957, um sábado, Paul McCartney, então com 15 anos, convencido pelo amigo Ivan Vaughan foi em busca de “diversão feminina” em uma quermesse da Paróquia de São Pedro (Igreja Anglicana do bairro de Woolton). A programação musical incluía um grupo local chamado Quarrymen, liderado por John Lennon, um vocalista loiro de 17 anos, magro e que berrava como ninguém. Paul ficou bastante impressionado com a performance (e a cara de pau) de John, que por não saber as letras das canções que cantava, adaptava versos próprios para tapar buracos.

Ao final da apresentação, Ivan, que também era amigo de Lennon, tratou de apresentá-los. Segundo relatos dos integrantes originais do Quarrymen, esse primeiro contato não foi dos mais calorosos. Ainda assim, foi durante essa conversa que Paul pegou um violão e tocou “Twenty Flight Rock” (Rockabilly de Eddie Cochran), deixando John bastante entusiasmado, afinal, além de tocar bem, Paul sabia a letra inteira da música. Nessa época o Rock’n’Roll ainda engatinhava e encontrar alguém que demonstrasse os mesmos interesses era fundamental para seguir em frente. Duas semanas depois Paul McCartney passaria a ser um dos Quarrymen.
Uma das principais incentivadoras da dupla, mesmo que involuntariamente, foi Mimi, tia de John e responsável por sua criação. Ela era totalmente contra as aventuras musicais do sobrinho, e principalmente, contra a sua amizade com aquele sujeito chamado McCartney, que segundo ela, era uma má companhia. Tudo isso só viria a estimular ainda mais aquele adolescente rebelde que fazia de tudo para contrariar a tia.

Paul McCartney era um jovem de personalidade muito forte e isso conquistou John Lennon. Aos poucos os dois assumiram seus papéis de líderes dentro do grupo. As composições começaram a surgir, shows também, até que em 1962, já com o nome Beatles, eles conseguiram o contrato que mudaria a história da música.
O primeiro hit emplacado pela dupla foi o single “Love Me Do”. Foi a partir daí que o produtor musical George Martin se colocou como peça fundamental para evolução da parceria, exigindo cada vez mais e melhores canções. Aliada a isso, existia uma briga de egos – bastava John apresentar uma música nova que Paul tratava de aparecer com outra. Era uma disputa sadia, onde um tentava sempre superar o outro... assim surgiram “Help!” e “Yesterday”, “Strawberry Fields Forever” e “Penny Lane”, “Revolution” e “Hey Jude” e muitas outras canções que transformariam a dupla Lennon/McCartney na maior e mais bem sucedida dupla da história da música mundial.

Pode até parecer exagerado que uma banda com duração de apenas 8 anos (do primeiro single em 1962 ao último LP, de 1970) seja lembrada de forma tão grandiosa, mas não é à toa. Além de responsáveis por toda uma revolução musical, cultural e intelectual, os Beatles ainda registram números impressionantes: em 1970 eram mais de 300 milhões de discos vendidos... hoje esse número chega a 1,5 bilhão.
Em 1970 John Lennon cantou: “The dream is over” (O sonho acabou)... hoje nós temos certeza que esse sonho nunca acabará.

Nota: John Lennon e Paul McCartney, em meados da década de 60, já não compunham tão efetivamente juntos, porém, havia um acordo entre as partes onde se dizia que toda a obra composta por um ou por outro seria creditada à dupla.

2 comentários

Carol Bonando disse...

uau q comentada rápida...tá na facu? eu tb! hehehehe
mas to indo embora relaxa, esse fds tem trilha de jeep.
bjs
até mais!

clarisse disse...

Não é exagero não!! Muito bom seu texto, nostálgico até para quem não viveu esse tempo diretamente, mas o revive através das músicas.

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