"A guitarra é a única coisa da minha vida que não ferrou comigo."
Dave Mustaine

quinta-feira, 12 de julho de 2007

BROCK and Roll

No final da década de 50 se iniciava nos EUA um movimento que estouraria quase que mundialmente a partir dos anos 60 – nascia o Rock’n’Roll, uma “fusão” rítmica entre os populares R&B e Country Music. No decorrer dos anos de 60 e 70, o Rock’n’Roll mostrou que era mais do que música, era também um movimento cultural/político/ideológico, e portanto, uma ameaça aos “manda-chuvas” do mundo.

Mas o que acontecia no Brasil nessa época?
No mesmo período em que o Rock surgia para se impor ao mundo, o brasileiro curtia praia e sol ao som da Bossa Nova, que se tornaria a “força musical” da época em território nacional (tendo atingido inclusive uma certa popularidade internacional).

Com o decorrer da década de 60 o Rock’n’Roll entrou com tudo no mercado cinematográfico internacional, começando sua popularização no Brasil. Foi então que em 1965 a TV Record estreou o programa de auditório chamado “Jovem Guarda”, comandado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa. A partir disso, surgia o movimento que tinha como proposta ser oposição à conhecida velha guarda (cantores anteriores à chegada do Rock no Brasil). Diferente do Rock Internacional, a Jovem Guarda sofreu severas críticas por ser algo caricato (versões românticas de sucessos internacionais) e totalmente desligado da rede social e política do país, perdendo popularidade logo no início da década de 70.

Voltando um pouco no tempo, mais precisamente 1968, outra manifestação cultural surgia. A Tropicália, ou Tropicalismo, foi um movimento surgido sob a influência artística de vanguarda. Como característica, ecoava de grande parte da sociedade brasileira questões sociais, políticas e comportamentais, em pleno regime militar. Caetano Veloso, Gilberto Gil, Os Mutantes e Tom Zé foram algumas das vozes dessa época. A Tropicália durou oficialmente pouco mais de 1 ano, devido à forte repressão militar (incluindo prisões de inúmeros representantes do movimento). Os anos se passavam e a ditadura militar continuava massacrando quem interferisse em seus interesses. Muitos artistas de vanguarda, como Raul Seixas e Secos e Molhados, sofriam com a censura imposta.

Quando tudo parecia controlado, surge então o Brock (Rock Brasil). Esse movimento trazia de volta o velho Rock’n’Roll. Desta vez o ritmo vinha embutido de sua realidade, com bandas de perfil rebelde que estavam ali para romper as amarras de todo aquele sistema sujo. Seus representantes traduziam, sem filosofia, sentimentos verdadeiros, promovendo a volta por cima de um povo. Ira!, Barão Vermelho, Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Titãs, Ultraje a Rigor, RPM... todos eles, e muitos outros, foram fundamentais para liberdade intelectual deste país.

Definitivamente, o Rock’n’Roll nasceu para mudar o mundo!!!

2 comentários

Carol Bonando disse...

oi cláudio, tá sumido hehehe, eu tb neh... como vc tá? o humor melhorou? tenho novidades boas, um dia passo ai pra contar...
falando em rock, vc viu q vai ter show do marilyn manson aki no RJ? ai eu keru ir logo comprar o engreço...vc vai? duvido...

Claudio Nascimento disse...

Pode duvidar mesmo, hehehe

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