"A guitarra é a única coisa da minha vida que não ferrou comigo."
Dave Mustaine

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Onde foi parar a responsabilidade???

Essa semana aconteceu “uma coisa” que deveria ter me surpreendido, mas não sei porque, não me surpreendeu. Durante minha leitura diária na página do globo.com, me deparei com uma matéria noticiando que a revista Maxim havia se desculpado publicamente na terça-feira, dia 26/02, por ter escrito uma crítica em tons depreciativos sobre o novo álbum da banda de rock americana Black Crowes sem sequer tê-lo escutado.

Em sua última edição, a revista avaliou com nota 2,5, onde o máximo seria 5, o álbum “Warpaint”. A reação da banda foi imediata, tendo direito a comunicado oficial assegurando que a publicação não poderia ter escutado todo o disco, já que não havia cópias disponíveis e a única divulgação feita havia sido através de apenas uma música (sobre isso falaremos mais na frente).

Rapidamente o Sr. James Kaminsky, diretor executivo da Maxim, quicou em sua cadeira reclinável de rodinhas e correu atrás da retratação, pedindo desculpas aos seus leitores e à banda. Segundo Kaminsky, a política da “casa” era de só dar nota aos discos após sua completa audição e que lamentava muito por essa norma não ter sido respeitada.

Não há responsabilidade nem compromisso... determinadas publicações e determinados jornalistas usam a palavra como uma espécie de antídoto que alivia nas costas o peso do próprio recalque. Um pedido de desculpas não muda nada. A informação já passou adiante e a imagem da banda já foi, de certa forma, “manchada”.

Agora, como eu insinuei um pouco mais acima, é bem provável que a Maxim tenha ouvido sim o novo álbum do Black Crowes... o problema é que pegaria meio mal afirmar isso. Meses antes do lançamento de um CD, qualquer mortal é capaz de adquiri-lo através da rede. É ilegal, tudo bem, mas quem nunca fez isso? A verdade é que a Maxim ficou em uma grande sinuca de bico e teve que fazer sua escolha.

Houve um erro que afetou, na mesma proporção, a banda e a credibilidade da revista. Eu não sou contra a crítica, aliás, eu critico bastante, mas até para isso é preciso estar bem “calçado”, porque senão...

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