Eu nasci em 19 de abril de 1977. Minha mãe conta que eu ainda era uma criança de colo quando meu pai colocou dentro do berço uma bola e um rádio de pilha... eu agarrei o rádio. Os anos foram passando e o meu fascínio pela música só crescia. Em 1982, quando eu já tinha 5 anos de idade, Michael Jackson estourou com o álbum de mega-sucessos "Thriller". Como todos na época, me tornei o fã nº 1 do cara. Dançava, usava sapatilhas e dava aquele monte de pirueta feito louco. Minhas festas de aniversário durante algum tempo foram regadas a Coca-Cola e Break.
Como bom noveleiro que continuei sendo, em 1987, quando eu já estava com 10 anos, a TV Globo transmitia a novela "Bambolê"... e eu ganhava o meu segundo disco. Esse disco tinha uma trilha sonora baseada na década de 50 e foi então que eu ouvi o clássico "Jailhouse Rock", do Rei Elvis Presley. Aquilo era puro Rock’n’Roll e meu interesse pelo “The Pelvis” se tornou absoluto. Meu pai tinha alguns discos e eu comecei a buscar tudo sobre aquele sujeito que havia trocado as jaquetas de couro pelos brilhos. Nesse momento, Michael Jackson (que lançaria neste mesmo ano o razoável álbum "Bad") perdia seu posto de ídolo nº 1 para Elvis Presley.
Finalmente 2007 – no dia 23 de março deste ano a lenda viva Roger Waters aterrissou na Apoteose para o super show da turnê "The Dark Side Of The Moon". Eu estava presente, mais uma vez com meu pai, e pude assisti-lo com aquele mesmo olhar da criança que se fascinava no sofá de casa.
A vida seguia e em um dia qualquer do ano de 1984, eu descobri um álbum com uma capa toda preta e um prisma bem ao centro. Curioso, perguntei ao meu pai o que era aquilo, afinal, era tudo muito... psicodélico (mesmo que eu ainda não soubesse o que isso significava). Meu pai me pôs sentado no sofá de casa e colocou o tal LP para tocar. Meus olhos brilhavam como brilham até hoje quando ouço "Dark Side Of The Moon", a obra definitiva do Pink Floyd. Aquela pulsação cardíaca abrindo e fechando o disco me transportava para outra dimensão.
No ano seguinte, a novela "Jerônimo", que era transmitida pelo SBT, estourava nacionalmente. A história tinha uma temática faroeste e já era bem conhecida por ter sido sucesso nos tempos das Rádio Novelas e da TV Tupi. Foi nessa época que eu ganhei o meu primeiro disco: a trilha sonora da novela. Tudo bem, não foi um começo genial, mas também não me envergonho por isso.
Como bom noveleiro que continuei sendo, em 1987, quando eu já estava com 10 anos, a TV Globo transmitia a novela "Bambolê"... e eu ganhava o meu segundo disco. Esse disco tinha uma trilha sonora baseada na década de 50 e foi então que eu ouvi o clássico "Jailhouse Rock", do Rei Elvis Presley. Aquilo era puro Rock’n’Roll e meu interesse pelo “The Pelvis” se tornou absoluto. Meu pai tinha alguns discos e eu comecei a buscar tudo sobre aquele sujeito que havia trocado as jaquetas de couro pelos brilhos. Nesse momento, Michael Jackson (que lançaria neste mesmo ano o razoável álbum "Bad") perdia seu posto de ídolo nº 1 para Elvis Presley.
O ano de 87 seguia e um dia, durante um passeio de carro com meu pai, tocou no toca-fitas uma música com um balanço bem legal. Me interessei logo em saber de quem era aquilo e descobri então que a música se chamava "Talk More Talk" e fazia parte do álbum "Press to Play" de um tal de Paul McCartney... Mas quem era Paul McCartney (santa ignorância)? Meu pai me explicou que McCartney tinha sido um dos Beatles. Aquilo não me parecia muito lógico, afinal, na minha cabeça de criança, um cara que tinha sido Beatle 20 anos antes estaria velho demais pra continuar vivo.
Foi no final do ano de 1987 que meu pai resolveu comprar um teclado. Eu não tinha a menor idéia do que era aquilo, muito menos, imaginava que meu pai pudesse tocar. Meu pai já havia pendurado literalmente uma guitarra na parede do meu quarto sem que eu nunca o tivesse visto tocando. O que ele faria com um tecladinho Casiotone de quatro oitavas que mal cabia as mãos dele? Mas foi graças a esse pequeno instrumento que eu tive o meu primeiro contato prático com a música. Meu pai começou a me ensinar alguns pequenos solos para teclados. A primeira música que aprendi foi "Love Me Tender", seguida de "Yesterday". Esse teclado já tinha um elemento legal, que era a função de mostrar os acordes que estavam sendo feitos na mão esquerda. Foi assim que consegui aprender a formação dos acordes básicos. A essa altura eu começava a tocar Paul Mauriat, Frank Pourcel, Ray Conniff e muitos outros nomes da música instrumental.
Foi no final do ano de 1987 que meu pai resolveu comprar um teclado. Eu não tinha a menor idéia do que era aquilo, muito menos, imaginava que meu pai pudesse tocar. Meu pai já havia pendurado literalmente uma guitarra na parede do meu quarto sem que eu nunca o tivesse visto tocando. O que ele faria com um tecladinho Casiotone de quatro oitavas que mal cabia as mãos dele? Mas foi graças a esse pequeno instrumento que eu tive o meu primeiro contato prático com a música. Meu pai começou a me ensinar alguns pequenos solos para teclados. A primeira música que aprendi foi "Love Me Tender", seguida de "Yesterday". Esse teclado já tinha um elemento legal, que era a função de mostrar os acordes que estavam sendo feitos na mão esquerda. Foi assim que consegui aprender a formação dos acordes básicos. A essa altura eu começava a tocar Paul Mauriat, Frank Pourcel, Ray Conniff e muitos outros nomes da música instrumental.
1988 – nunca fui muito fã de cinema e só nesse ano, deitado diante da velha sessão da tarde, que eu assisti o filme "Curtindo a vida adoidado". Na trilha sonora o hit "Twist and Shout", que me trouxe de volta à vida. Nessa hora de sufoco, meu pai me disse: "Isso é BEATLES". Fui direto no Box dele onde tinha a coleção completa da banda e descobri que "Twist and Shout" era a última música do primeiro álbum dos Beatles, chamado "Please Please Me". Mesmo assim, não me tornei fã da banda de imediato. Cheguei a dizer que eles estavam longe do meu AINDA ídolo maior Elvis Presley.
No ano de 1989 eu estava na Colônia de Férias do Banco Boavista, em Miguel Pereira, onde meu pai, um amigo do meu pai chamado José Carlos (que se tornaria também meu amigo) e um terceiro amigo chamado Paulo Afonso tocavam sempre. Em uma dessas noites de som, Paulo cantou algo que me chamou a atenção de imediato. Paciente e como um alerta, mais uma vez meu pai disse: "Isso também é BEATLES"... e Elvis que me perdoe. Cheguei em casa e descobri que o que eu havia escutado era "I Saw Her Standing There". Só podia mesmo ser um aviso, pois a melhor música que eu já havia ouvido na minha vida fazia parte do mesmo álbum "Please Please Me". Daí por diante, eu ouvi e apreciei música por música, disco a disco. Eles eram realmente fabulosos. Uma banda com uma carreira tão curta e uma obra tão vasta só podia ser mesmo a melhor de todas. Me tornei Beatlemaníaco.
Ainda no ano de 1989, Paul McCartney anunciou sua volta aos palcos através da turnê mundial "The Paul McCartney World Tour". No roteiro de shows estava o Maracanã, no Rio de Janeiro. Em abril de 1990 Paul McCartney invadiu o solo carioca e eu comemorei meu aniversário de 13 anos dentro do Maraca ao som do velho Macca. Foram comigo meu pai, o amigo José Carlos, um amigo meu chamado Felipe e alguns outros amigos do meu pai. Nós estávamos lá e éramos algumas das 184 mil pessoas que fizeram esse show entrar para o Guiness Book.
Em 1991 eu comecei a perceber as rodas de violão nas calçadas da rua onde morava (e ainda moro). Aquilo era meio chato, porque todos podiam levar seus instrumentos para a calçada e ficava complicado fazer o mesmo com um teclado. Assim comecei a aprender violão. Mesmo machucando um pouco os dedos no início, logo me adaptei ao novo instrumento. No ano seguinte, aos 15 anos, ganhei meu violão Washburn série Nuno Bettencourt, meu amplificador Oliver e meu pedalzinho ZOOM 505. Estimulando ainda mais a minha beatlemania, minha tia Mila me deu dois livros que continham as partituras de todas as músicas do quarteto de Liverpool. Mas voltando aos teclados, nesta mesma época eu tive o meu primeiro esboço de banda. Convidado pelo meu amigo William Medeiros após uma audição na sala da minha casa, me tornei tecladista de uma banda de 6 membros cujo o nome não me lembro, muito menos dos seus integrantes. Sinceramente, era uma época em que eu me preocupava mais em me gravar em K7, editar com fita e fazer minhas "Mixagens". Nessa bandinha tocávamos o popular Rock Brasil e músicas de bandas internacionais que faziam sucesso na época, como Guns’N’Roses. Foi algo realmente rápido, mas proveitoso, pois tive meu primeiro contato com o Baixo, instrumento do meu ídolo Paul McCartney.
No ano de 1989 eu estava na Colônia de Férias do Banco Boavista, em Miguel Pereira, onde meu pai, um amigo do meu pai chamado José Carlos (que se tornaria também meu amigo) e um terceiro amigo chamado Paulo Afonso tocavam sempre. Em uma dessas noites de som, Paulo cantou algo que me chamou a atenção de imediato. Paciente e como um alerta, mais uma vez meu pai disse: "Isso também é BEATLES"... e Elvis que me perdoe. Cheguei em casa e descobri que o que eu havia escutado era "I Saw Her Standing There". Só podia mesmo ser um aviso, pois a melhor música que eu já havia ouvido na minha vida fazia parte do mesmo álbum "Please Please Me". Daí por diante, eu ouvi e apreciei música por música, disco a disco. Eles eram realmente fabulosos. Uma banda com uma carreira tão curta e uma obra tão vasta só podia ser mesmo a melhor de todas. Me tornei Beatlemaníaco.
Ainda no ano de 1989, Paul McCartney anunciou sua volta aos palcos através da turnê mundial "The Paul McCartney World Tour". No roteiro de shows estava o Maracanã, no Rio de Janeiro. Em abril de 1990 Paul McCartney invadiu o solo carioca e eu comemorei meu aniversário de 13 anos dentro do Maraca ao som do velho Macca. Foram comigo meu pai, o amigo José Carlos, um amigo meu chamado Felipe e alguns outros amigos do meu pai. Nós estávamos lá e éramos algumas das 184 mil pessoas que fizeram esse show entrar para o Guiness Book.
Em 1991 eu comecei a perceber as rodas de violão nas calçadas da rua onde morava (e ainda moro). Aquilo era meio chato, porque todos podiam levar seus instrumentos para a calçada e ficava complicado fazer o mesmo com um teclado. Assim comecei a aprender violão. Mesmo machucando um pouco os dedos no início, logo me adaptei ao novo instrumento. No ano seguinte, aos 15 anos, ganhei meu violão Washburn série Nuno Bettencourt, meu amplificador Oliver e meu pedalzinho ZOOM 505. Estimulando ainda mais a minha beatlemania, minha tia Mila me deu dois livros que continham as partituras de todas as músicas do quarteto de Liverpool. Mas voltando aos teclados, nesta mesma época eu tive o meu primeiro esboço de banda. Convidado pelo meu amigo William Medeiros após uma audição na sala da minha casa, me tornei tecladista de uma banda de 6 membros cujo o nome não me lembro, muito menos dos seus integrantes. Sinceramente, era uma época em que eu me preocupava mais em me gravar em K7, editar com fita e fazer minhas "Mixagens". Nessa bandinha tocávamos o popular Rock Brasil e músicas de bandas internacionais que faziam sucesso na época, como Guns’N’Roses. Foi algo realmente rápido, mas proveitoso, pois tive meu primeiro contato com o Baixo, instrumento do meu ídolo Paul McCartney.
Ainda em 1992 me matriculei junto com meu pai na Escola de Música Dineyar Valente Plaza, onde iniciei meu estudo de teoria musical e piano. Foi um período bem legal, apesar da constante tensão que era ter que me apresentar diante de vários alunos e professores nos saraus promovidos para as avaliações. O tempo foi passando e eu fui deixando o cabelo crescer, comecei a compor, recusei alguns convites de bandas pra tocar teclado ou guitarra e aprofundei meu conhecimento sobre bandas e artistas como Led Zeppelin, Eric Clapton, Jimi Hendrix, Rolling Stones, Deep Purple e tantos outros. Foi nessa época também que uma colega de escola levou um teclado pra sala de aula e a professora me fez tocar "Brasileirinho" e "Noturno em Mi Bemol", de Chopin, pra toda a turma... complicado pra um sujeito tímido como eu.
E a vida não pára... Em 1998, quando eu já era casado, tinha um filho de 1 ano chamado Thiago, trabalhava há 1 ano na Capemi (empresa do ramo de Seguros e Previdência Privada) e cursava, também há 1 ano, a faculdade de Administração de Empresas, eu finalmente consegui realizar o sonho de comprar o meu primeiro baixo. Fiz a compra na Casas Milton da rua Mariz e Barros, na Tijuca, e paguei na época, depois de muito choro, 350 reais pelo meu Washburn modelo XB-100 acompanhado de uma bag meio vagabunda. No final deste mesmo ano, José Carlos (o mesmo que tocava com meu pai e que nos tinha acompanhado no show do Paul McCartney) me convidou para ser baixista da banda Phoenix... não tinha como recusar o baixo. A Phoenix era formada por Paulo Afonso Massot (lembram dele?) nos teclados, Victor Lopez e José Carlos nas guitarras, Gabriel Massot na bateria e eu, Claudio Nascimento, no baixo. Os vocais ficavam por conta de todos, cada um no seu momento.
No ano de 1999 eu ganhei o meu primeiro DVD - "Paul McCartney - Live At The Cavern Club!". Esse show marcava não só a volta de Paul ao palco que apresentou os Beatles ao mundo, mas também seu retorno às atividades depois de um período de reclusão em consequência da prematura morte de sua esposa.
Tudo também ia bem com a Phoenix até que, inesperadamente, no dia primeiro de Novembro de 1999, nosso tecladista Paulo Afonso sofreu um infarto e veio a falecer. Paulo era compositor de canções católicas e planejava gravá-las. Como um tributo, vários amigos e familiares se reuniram e realizaram o registro de suas músicas em um CD chamado "Em teus braços, Senhor". Esse foi o meu primeiro contato com estúdios de gravação. Gravamos no DRS Studio, de propriedade do eterno Dr. Silvana, Cícero Pestana. Com um novo grupo de músicos, nos reunimos e fizemos alguns shows para promoção desse CD.
Ano 2000, virada de milênio e eu, apesar de não ter mais uma banda, tinha feito um grande amigo. Eu e Victor (guitarrista da Phoenix) nos juntamos e no período entre 2000 e 2001 produzimos sozinhos, de forma primária, o CD "Windstorm". Gravado no M&C Studio de Maurício Fonseca, em Marechal Hermes, fizemos um CD todo com uma única fita ADAT (tipo de tecnologia de gravação digital) usando baterias programadas em teclados e tocando todos os instrumentos. Entre músicas da parceria Victor e Claudio e alguns covers, "Leave Me Alone" se tornou a primeira música composta apenas por mim a ser gravada. Foi a última música a entrar no CD e seu registro foi feito apenas duas semanas após sua composição.
Seguindo pelo ano de 2001, nasce minha filha Mariana. Nessa mesma época, começa a trabalhar na Capemi um cara que viria a se tornar, com certeza, um dos meus maiores amigos – seu nome: Leonardo Lobo. Léo também tinha um histórico musical, afinal, já compunha e era vocalista da banda 959. No final do ano de 2001 resolvi chutar o balde e largar o curso de Administração pra assumir a música. Em 2002 comecei a faculdade de Tecnologia de Gravação e Produção Fonográfica, coordenada pelo renomado produtor Mayrton Bahia. Em 2003, em paralelo com a faculdade, comecei o curso de Técnicas de Gravação e Pro-Tools, tendo sido aluno dos mestres Fábio Henriques, Florência Saravia e Gilberto "Penynha" Suzano.
Comecei o ano de 2004 formado e com a oportunidade de trabalhar em uma rádio universitária. Não pensei duas vezes e dei adeus aos meus amigos da Capemi. Já trabalhando na rádio, conheci pessoas como o "polêmico" André Lobão, o Repórter Aéreo Genilson Araújo, as meninas Cajazeiras, Cida Belford (colaborada vitalícia da rádio) e o "Delegado" Marcus Ballard. No final deste mesmo ano, Marcus idealizou um programa chamado N.O.V.A, onde a proposta era trazer novas bandas e artistas e fazer a divulgação desses trabalhos. Precisávamos então de uma primeira banda, e logo me lembrei do Léo dos tempos da Capemi. O projeto 959 havia encerrado, mas ele, junto com os remanescentes Augusto Carteado e Ilzio Drumond, já estava em um novo projeto chamado Siddartha. Assim foi dado o pontapé inicial ao N.O.V.A.
O ano de 2005 começou com algumas turbulências que logo foram superadas. Solteiro de novo, comprei minha gaita diatônica Kashima e retomei mais intensamente minhas gravações no M&C Studio. Um dia, enquanto eu pensava na vida, recebi uma inesperada visita na rádio do pessoal do Siddartha. A proposta era que eu me juntasse a eles para dar continuidade ao projeto... Leonardo Lobo na voz, Augusto Carteado e Ilzio Drumond nas guitarras, Tico Bolpetti na bateria e eu como baixista de novo em uma banda de Rock. Nesta época voltei à faculdade e fiz uma especialização dentro do curso de Produção Fonográfica, pegando um segundo diploma. Fiz ainda o necessário curso de Home Studio no Instituto Musical Banguense. O ano seguia bem até que, devido a problemas de saúde com um de seus integrantes, o Siddartha teve que suspender suas atividades.
Comecei o ano de 2004 formado e com a oportunidade de trabalhar em uma rádio universitária. Não pensei duas vezes e dei adeus aos meus amigos da Capemi. Já trabalhando na rádio, conheci pessoas como o "polêmico" André Lobão, o Repórter Aéreo Genilson Araújo, as meninas Cajazeiras, Cida Belford (colaborada vitalícia da rádio) e o "Delegado" Marcus Ballard. No final deste mesmo ano, Marcus idealizou um programa chamado N.O.V.A, onde a proposta era trazer novas bandas e artistas e fazer a divulgação desses trabalhos. Precisávamos então de uma primeira banda, e logo me lembrei do Léo dos tempos da Capemi. O projeto 959 havia encerrado, mas ele, junto com os remanescentes Augusto Carteado e Ilzio Drumond, já estava em um novo projeto chamado Siddartha. Assim foi dado o pontapé inicial ao N.O.V.A.
O ano de 2005 começou com algumas turbulências que logo foram superadas. Solteiro de novo, comprei minha gaita diatônica Kashima e retomei mais intensamente minhas gravações no M&C Studio. Um dia, enquanto eu pensava na vida, recebi uma inesperada visita na rádio do pessoal do Siddartha. A proposta era que eu me juntasse a eles para dar continuidade ao projeto... Leonardo Lobo na voz, Augusto Carteado e Ilzio Drumond nas guitarras, Tico Bolpetti na bateria e eu como baixista de novo em uma banda de Rock. Nesta época voltei à faculdade e fiz uma especialização dentro do curso de Produção Fonográfica, pegando um segundo diploma. Fiz ainda o necessário curso de Home Studio no Instituto Musical Banguense. O ano seguia bem até que, devido a problemas de saúde com um de seus integrantes, o Siddartha teve que suspender suas atividades.
Mas eu não fiquei muito tempo sem banda... em outubro deste mesmo ano, o José Carlos (mais uma vez ele) me convidou para "fazer um som" na casa do Gabriel (aquele que era nosso baterista nos tempos da Phoenix). O que era pra ser apenas o passa-tempo de 6 caras afim de tocar, virou banda. Surgiu o nosso primeiro show e lá estava a banda Misturasom com Gabriel Massot na voz, André Barbosa e José Carlos nas guitarras, Alexandre Brandão nos teclados, Bernardo Massot na bateria e eu com o meu inseparável baixo. A proposta era simples: ser uma banda de baile pra fazer a "galera" dançar.
No final deste mesmo ano ganhei do meu irmão e dos meus pais o meu Epiphone Viola Bass... pra quem não o conhece, se trata da réplica do famoso baixo Hofner de Paul McCartney. Realizado com meu novo baixo cheguei em 2006 tocando e inventando. Foi um ano de muitas aquisições: comprei meu bandolim Phoenix, ganhei uma guitarra Squier by Fender Stratocaster e comprei mais uma guitarra, desta vez um instrumento construído pelo luthier Eliezer Lara em parceria com Victor Lopez (aquele meu velho amigo da Phoenix).
Finalmente 2007 – no dia 23 de março deste ano a lenda viva Roger Waters aterrissou na Apoteose para o super show da turnê "The Dark Side Of The Moon". Eu estava presente, mais uma vez com meu pai, e pude assisti-lo com aquele mesmo olhar da criança que se fascinava no sofá de casa.
Mas nem tudo foi tão bom assim... mesmo depois da gravação do CD "MISTURASOM - Venha dançar e se divertir nessa viagem musical", o ritmo da Misturasom diminuiu e os ensaios e shows começaram a ficar cada vez menos freqüentes. Essa coisa de banda é mesmo um ciclo e temos que aprender a conviver com isso. Fiz 30 anos e tive que aturar aquelas piadinhas que as falhas na minha antiga cabeleira me proporcionaram. Comprei meu violão Eagle de 12 cordas e não vejo a hora de usá-lo em alguma gravação. Depois de uma longa pausa, o Siddartha sinalizou uma volta à atividade.
Estamos nas portas de 2008, que muito promete. Espero realmente retomar os projetos Misturasom e Siddartha, além claro, de continuar minha eterna busca por novos elementos que possam me melhorar musicalmente.
Estamos nas portas de 2008, que muito promete. Espero realmente retomar os projetos Misturasom e Siddartha, além claro, de continuar minha eterna busca por novos elementos que possam me melhorar musicalmente.
É isso aí... contei aqui a minha "história musical" e eu acho que a importância da música em minha vida ficou bem clara a todos. Neste longo texto tentei mostrar que coisas que podem parecer irrelevantes em suas vidas, talvez sejam fundamentais para explicar o que você é hoje.
2 comentários
It's my life! Gostei cara, acho interessante este tipo de depoimento.Me fez voltar no tempo... lembrei quando minha mãe me deu o primeiro vinil: Acho que era um single do Earth Wind Fire, lembra? Eu nem sei aonde foi parar o disco e nem qual era o nome da música, mas sei que adorei...Parabéns pelo trabalho,vc está se revelando um excelente pesquisador e sobretudo,um escritor de primeira.
Com um certo atraso, finalmente li com calma seus comentários.
Acho que em breve você vira escritor, jornalista, cronista.... como disse meus colegas Lobão e Faillace.
Gostei do depoimento da música em sua vida. Me fez lembrar quando minha mãe dizia que meus irmãos me embalavam ao som de Beatles ao som máximo. Não virei uma Beatlemaníaca de carteirinha, mas aprendi a respeitar os caras.